quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

elephant gun - o primeiro beijo

Nos olhos nós simplesmente olhamos e seguimos até a boca, nós sempre reparamos as pequenas fendas, o avermelhar do sangue que passa pelos lábios doces da amada, estejam eles úmidos ou secos, sempre envoltos por bochechas de flor da idade, maçãs do rosto, tão vermelhas quanto realmente as maçãs chegam a ser. Surge em nossas vidas o primeiro beijo, o tão esperado da infância primeiro beijo, tocamos com nossos lábios pela primeira vez os dolorosos e ávidos de desejo lábios da pessoa que nos fascina no momento. O primeiro beijo, caro leitor, você concordando ou não, é sempre o mais doloroso e o mais gostoso de nossas vidas, é como ser pisoteado por elefante faminto de vontade de carinho, de amor, seja ele incondicional, de momento, ou apenas o primeiro segmento de amor, a nossa eterna amiga paixão. Defino o primeiro beijo como o beijo dos apaixonados, é ir ao céu no presente, e no futuro olhar pro passado e ama-lo, simplesmente por não entender como algo foi tão imperfeito, tão imperfeitamente perfeito. É como ver que a nossa hora tinha chegado e que não passariamos dela, por pressão interna ou externa, medo ou dúvida, medo de não dar certo, dúvida de deixar passar a chance, porque a gente sempre acha que nunca vai saber qual é a hora certa, quando se trata de primeiro beijo. Digo que o primeiro beijo se divide em um e em muitos, se divide em primeiro beijo porque existe o primeiro primeiro beijo, e também se divide em todos os outros primeiros beijos porque eles existem e sempre existirão em nossa vida. E a cada primeiro beijo o mundo sorri para nós como literatura de cordel, os primeiros beijos são sempre cheios de mocinhas, heróis e demônios, e nenhuma parte desse contexto deve ser excluída ou temida, simplesmente por ser um contexto, é algo que precisamos. A partir disso, nos renovamos sempre como amantes, como seres pensantes que resolveram trocar a lógica pelo amor, seres que se tornam cada vez mais felizes, e que sempre acham que não haverá mais algum primeiro beijo. Porque do primeiro beijo banaliza-se o amor, não como um todo, não de todo banalizado, primeiro beijo tem sempre amor, amando-se, ou não. O primeiro beijo é o marco, é a primeira descoberta do corpo do outro, pelo menos, seguindo a ordem natural das coisas, caro leitor, assim é. Mas o que nos leva ao primeiro beijo? Nos adolescentes em geral, aflitos, de alvoroço redundante, tocante de adolescentes, basta a descoberta do novo, o novo passo, o novo recomeço da vida, nos já experientes velhos de botas galóxas, cheios de pomposas introduções de futuro aos jovens, os novos primeiros beijos fazem parte simplesmente da sedução, então, esqueçamos os velhos, e falemos dos novos, vou tentar voltar a experiência do primeiro beijo e tentar defini-lá sobre a vista de um novo velho, e de um velho novo. Falo simplesmente que, o primeiro beijo é a entrada para um novo mundo, um mundo eternamente colorido, onde as borboletas atravessam as árvores, onde tudo se une, onde não há matéria explicada, não há física quântica ou química nuclear. Felizmente, há uma hora na vida de cada ser humano, em que temos a obrigação de atravessar a ponte para esse novo mundo, e a ponte é sempre diferente de pessoa para pessoa, existem de pontes de pedra até as feitas de nuvem, nuvens coloridas, floridas, esparramadas pelo caminho mais propício que se pode seguir. E toda ponte tem seu rolégio, todo relógio marca a hora certa da partida da mocidade aparentemente não seguida pelo beijo, pelo primeiro beijo.( nem sempre aparentemente) E é muito fácil ler o relógio do primeiro beijo, o coração acelera, a boca fica seca, os olhos imóveis, e tudo que se mais quer da vida é se encontrar na boca de outra pessoa, é saber que pode dar errado, ou certo, e que pela primeira vez na vida a sorte vai influenciar de maneira maciça na memória. logo, é compreensível a apreensão adolescente do primeiro beijo, a gostosa e dolorosa apreensão do primeiro beijo. Então caros leitores, lhes pergunto com a cara mais lavada que possa haver em alguém que não fala do primeiro beijo com cínismo: o que foi seu primeiro beijo? Responda pra si mesmo, ou quem sabe se tiver paciência, pro pobre rapaz que vos escreveu mais um texto estranho. Obrigado. ( Para aqueles que ainda não beijaram, a coisa é muito diferente de uma laranja, isso é só pra treinar, Ok !?)

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Desculpem a fraqueza do texto hoje, o rapaz que escreve sofre de insônia, principalmente quando tá nervoso o bastante pra fazer uma prova de matemática. Sem mais, porque algo muito além do never there existe.

see you space cowboy.

4 comentários:

Laís disse...

ahh amore , meuu primeiro, do primeiro beijo foi horrívell. mas os meus outros primeiros beijos, principalmente um mais recente ( ahsiausahishausa ) foi sim, inesquecível =)
:D

continua escrevendo, que eu continuo lendo (L)
Beiijos da sua fã nº1 \o/

Rapha disse...

Meus primeiros beijos forma péssimos, mas o meu ultimo primeiro beijo foi o melhor de toda a minha vida...
XD

Adorei o post.

Soliane disse...

contrariando os outros comentarios, o meu primeiro foi MÁGICO!

Fran, disse...

Meu primeiro beijo foi na balada (acho que sou a mais moderna aki ok) e eu estava com 2 primas que eu mentia dizendo já ter dadoesse tal beijo... elas experientes me encontram um cara qulquer pra u "ficar na balada" e o tal cara qualquer virou o primeiro O_O'
uahuishiauhsuha nunca mais minto sobre beijos ;~

acho que o mais esperado primeiro beijo, vai ser o mais especial da minha vida. espero!